ResumoObjetivo: Analisar as condições ginecobstétricas em relação à Depressão Pós-parto (DPP) em mulheres no período gravídico-puerperal, durante a pandemia da COVID-19. Método: Estudo transversal, de amostragem por tempo-local (TLS) aplicado on-line, empreendido com mulheres no período gravídico-puerperal, no Brasil. A coleta de dados foi realizada através de formulário eletrônico, no período de agosto de 2020 a janeiro de 2021, contemplando 1.100 integrantes. Foram incluídas: mulheres brasileiras, maiores de dezoito anos, grávidas ou até a oitava semana pós-parto. Foram excluídas: mulheres turistas. Aplicou-se um questionário sobre a caracterização sociodemográfica, condições de saúde e ginecobstétricas, o instrumento Self Report Questionnaire-20 (SRQ-20), e a Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo. Resultados e Discussão: Quanto a estar grávida ou não no momento de responder o questionário, entre aquelas que responderam "sim", 93,7% apresentaram DPP e no grupo que disseram "não", 94,5% foram mulheres, também, diagnosticadas com DPP. A respeito do planejamento da gestação, 2,4% das mulheres sem depressão pós-parto responderam que "sim" e 9,8% "não"; das mulheres com DPP 97,6% responderam que "sim" e 90,2% "não". Entre as participantes, 100% das mulheres que apresentaram polidrâmnio e eclâmpsia, também, foram diagnosticadas com DPP, em 85% das com hiperêmese gravídica e pré-eclâmpsia evidenciou a DPP. Além do mais, 79% das que manifestaram hipertensão arterial sistêmica e 97% das que desenvolveram Diabetes Mellitus foram mulheres com DPP. Conclusão: Conclui-se que as mulheres estudadas com DPP durante a COVID-19 retrataram uma média de 1,53 gestações, 0,73 de partos e 0,24 abortos. Sobre o período do nascimento do bebê, prevaleceu as recrutadas com DPP que relataram ter parido durante a pandemia. Identificou-se, também, que o planejamento da gravidez não interfere no desenvolvimento da DPP. Além do mais, todas as mulheres diagnosticadas com polidrâmnio desenvolveram DPP.