Introdução: As pílulas são o método contraceptivo mais utilizado no mundo, daí a importância de estudar os possíveis efeitos colaterais desencadeados pelo seu uso prolongado. Apesar do benefício contraceptivo, há 30 anos vêm sendo sugeridas associações que tal método pode ter com alterações do perfil lipídico e aumento da proteína C-reativa (PCR) plasmática. Objetivo: Descrever como um programa de exercício físico melhorou as variáveis metabólicas de uma mulher em uso de contraceptivo oral combinado (COC). Material e métodos: Estudo de caso, voluntária sedentária, 24 anos, obesa. Diagnóstico de ovário policístico e hipotireoidismo subclínico. A paciente realizou coleta de sangue para dosagem laboratorial das variáveis: angiotensina 2, renina, enzima conversora de angiotensina (ECA), glicemia, hemoglobina glicada, HDL, LDL-oxidada, colesterol total, triglicerídeos, PCR e Hormônio Tireoestimulante (TSH). A voluntária passou por três meses de manutenção dos hábitos de vida, entretanto, sem o uso do COC. Na etapa seguinte, a voluntária foi orientada a retomar o uso do COC, agora sendo adicionado um programa de treinamento, após o qual foram reavaliadas as mesmas variáveis. Resultados: Além da melhora do perfil lipídico e inflamatório, observamos que houve redução nos níveis de TSH sanguíneo. Conclusão: O programa de exercício físico aplicado neste estudo foi capaz de melhorar o perfil lipídico, inflamatório e reduzir a massa corporal da amostra.Palavras-chave: anticoncepcionais, inflamação, exercício.