<p>A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), uma das causas mais frequentes de vertigem de origem periférica, é caracterizada por breves episódios de tontura desencadeados por movimentos cefálicos. Embora haja diversos tratamentos descritos para a VPPB, a manobra de reposicionamento otolítica é a mais utilizada, pela facilidade de execução e alta taxa de resolução dos sintomas. O objetivo deste estudo foi a avaliar os efeitos da manobra de reposição otolítica sobre os aspectos clínicos e funcionais dos pacientes com VPPB. Foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos entre os anos 2000 e 2014, nas bases de dados virtuais SciELO, Medline e revistas eletrônicas. As palavras-chave usadas foram: vertigem, sistema vestibular, reabilitação, tontura e qualidade de vida, incluídos na pesquisa estudos de revisão, controlados, prospectivos, e que tinham no título ou no resumo o assunto inicial. Dos artigos encontrados, 37 foram escolhidos por atenderem aos objetivosdo estudo. Os aspectos funcionais descritos na VPPB foram o equilíbrio postural e o risco de quedas. Verificou-se que a manobra de reposição otolítica é eficaz e mantém os resultados por pelo menos três meses após a sua utilização, não necessitando de variantes ou associação com outras terapias para atingir um bom resultado terapêutico. A manobra de reposição otolítica tem boa efetividade com o restabelecimento do equilíbrio corporal em pessoas com VPPB. Restrições pós-manobra de reposicionamento não são necessárias para a resolutividade do quadro. Apesar disso, o acompanhamento clínico de longo prazo mostra que os idosos tratados apresentam prejuízo no equilíbrio corporal por perda funcional decorrente do processo de envelhecimento.</p>