Potenciais Aplicações Da Vinhaça Da Cana-De-Açúcar Visando a Produção Mais Limpa: Uma Revisão Integrativa

Abstract

ResumoO consumo de recursos fósseis visando a geração de energia intensifica a emissão de gases de efeito estufa (GEE), que por sua vez pressionam negativamente as mudanças climáticas globais. Diante da urgente necessidade de redução de emissões de GEE, utilizar combustíveis de fontes renováveis e menos poluentes é uma alternativa viável sob os pontos de vista ambiental, econômico e energético. No Brasil, o principal biocombustível produzido é o etanol de cana-de-açúcar. Contudo, neste processo é gerada a vinhaça, um subproduto que devido à alta carga orgânica, concentração de nutrientes e acidez tem grande potencial poluidor. Com o objetivo de elencar as possibilidades de uso da vinhaça foi feita uma revisão bibliográfica integrativa, considerando, após pré-seleção, 19 achados primários voltados à aplicação da vinhaça como insumo. Como conclusão foram elencados a digestão anaeróbia visando a obtenção de biogás, a utilização como fonte de nutrientes para o desenvolvimento de organismos e posterior extração de biomassa, ácidos orgânicos, álcoois e enzimas, assim como a tradicional aplicação in natura como fertilizante e suas variantes.

Uso de vinhaça concentrada e enriquecida como biofertilizante na cana-de-açúcar: Uma revisão

“…A vinhaça, por sua vez, é um resíduo orgânico gerado através do processo industrial que transforma a cana-de-açúcar em etanol, apresentando em sua composição nutrientes como o potássio, fósforo e nitrogênio, sendo empregada como biofertilizantes de forma parcial ou total, podendo ainda ser utilizada de forma a minimizar o consumo de água pela cultura (Wheeler et al, 2021;Hoarau et al, 2018). No entanto, essa prática apresenta algumas limitações quando utilizada de forma inadequada, como salinização e acidificação do solo, que podem diminuir a germinação e consequentemente afetar no stand inicial do talhão (Sánchez et al, 2021), visto a presença da amônia e de metais tóxicos como o Al, Fe, Cu, Cr, Ni, Pb e Zn (Soto et al, 2017).…”