Na prática clínica da odontologia, é evidenciado que apesar dos avanços na área da endodontia, agentes microbianos e erros técnicos são os principais fatores responsáveis pelo insucesso endodôntico. O preparo químico mecânico tem como objetivo remover tecido necrosado, vital, microrganismos e seus subprodutos do sistema de canais radiculares. No entanto, este preparo não é suficiente para a limpeza satisfatória em virtude da complexidade anatômica do sistema de canais radiculares, podendo gerar a permanência de microrganismos que poderão continuar viáveis e ativos, interferindo no processo de reparação dos tecidos perirradiculares. Desta forma se faz necessário a busca por soluções químicas irrigadoras ideais que possam proporcionar melhores resultados no tratamento endodôntico. Dentro deste contexto, o objetivo deste estudo é proporcionar, através de uma revisão narrativa, uma compreensão das evidências atuais disponíveis sobre a importância da utilização do ozônio O3, como coadjuvante à irrigação do sistema de canais radiculares na terapia endodôntica. A pesquisa realizada caracteriza-se como exploratório-descritiva, tratando-se da abordagem, consiste em uma pesquisa qualitativa. As buscas foram realizadas nas bases de dados bibliográficas do PubMed/MEDLINE, Biblioteca virtual da saúde (BVS), Web of Science e SciELO. As evidências encontradas nesse estudo direcionam que o ozônio é capaz de inativar microrganismos através da oxidação direta de seus componentes estruturais, podendo ser proposto como um coadjuvante em tratamentos endodônticos contra microrganismos (Gram positivo e Gram negativo) presentes na cavidade oral e canais radiculares. Entretanto, faz-se necessário ensaios clínicos controlados e randomizados para endossar sua eficácia e dosimetrias ideias na prevenção e tratamentos endodônticos.