Oenocarpus distichus é uma palmeira que produz refresco denominado “bacaba”, muito apreciado pelas comunidades tradicionais do estado do Pará. Possui multiuso, sendo utilizada em projetos paisagísticos, na produção de fitoterápicos, entre outros. No entanto, faltam informações agronômicas sobre a espécie, assim como sobre as estratégias de manejo. O presente estudo teve por objetivo quantificar a divergência genética em procedências de O. distichus de diferentes procedências do Pará, com base em caracteres morfoagronômicos. Foram mensurados quinze caracteres, sendo três relativos à planta, quatro de cacho e oito de fruto em 62 indivíduos, de quatro locais: 12 de Marabá, 30 de Belém, 12 de São João do Araguaia e oito de Baião. Os dados foram submetidos às análises uni e multivariada, a última pelo uso da distância Euclidiana, com a formação dos grupos, por meio do método de ligação completa, importância e descarte dos caracteres, com base nos componentes principais. A maior divergência foi encontrada entre dois indivíduos de Belém, BEL-11 e BEL-8 (dii’= 13,69). Houve a formação de sete grupos distintos. Os caracteres peso de cem frutos (g) e o número de ráquilas por cacho se mostraram como os de maior contribuição para a divergência entre procedências. Os três primeiros componentes principais concentraram 66,16% da variância acumulada. Os caracteres dos frutos foram responsáveis pela variação dos indivíduos. Dos caracteres avaliados foi sugerido o descarte de dois: circunferência a altura do peito (CAP) e comprimento da raque do cacho (CRC). Os indivíduos de O. distichus das procedências apresentam considerável variação fenotípica para os caracteres morfoagronômicos dos frutos, sendo os de Marabá os mais divergentes entre as procedências avaliadas.