Potencialidades e desafios no uso da hipodermóclise em pacientes adultos: revisão integrativa

Abstract

Objetivo: identificar as evidências científicas nacionais e internacionais acerca das potencialidades e desafios da hipodermóclise em pacientes adultos. Método: revisão integrativa da literatura, realizada em abril de 2019, sem recorte temporal, utilizando as bases MEDLINE, CINAHL, Scopus e Embase, resultando em uma amostra final de sete artigos internacionais. Resultados: da síntese das evidências, emergiram potencialidades: viabilidade da técnica, possibilidade de tratamento da desidratação em idosos, uso em pacientes confusos, com difícil acesso venoso e em domicílio, baixo índice de complicações, menor demanda de tempo de cuidados da equipe. Os desafios evidenciados foram: aceitação do paciente, estágio da doença, características dos fluidos administrados, ensino da técnica na graduação, treinamento dos profissionais de enfermagem e adoção de protocolos clínicos. Conclusão: apesar das potencialidades, há desafios a serem superados que apontam para a necessidade de capacitação para o uso da hipodermóclise, tanto para os profissionais quanto para os estudantes em formação, o que poderia impactar positivamente na adesão à prática da hipodermóclise.

Análise do uso de medicamentos por via intravenosa periférica e hipodermóclise em pessoas idosas hospitalizadas

“…23 Aponta-se que o desconhecimento deste assunto possivelmente esteja relacionado à falta de discussão sobre o tema nas universidades, e que este desafio deve ser abordado nos cenários de saúde. 24 Os achados desta pesquisa apontam a baixa utilização pelas equipes de saúde da prática da hipodermóclise. Em contrapartida, evidenciam também ausência de complicações relacionadas a esta prática, o que é reforçado por outro estudo que apresenta baixa incidência.…”

“…17 Esta técnica é considerada mais confortável, menos dolorosa, complexa e onerosa, quando comparada à via intravenosa, apresentando baixo custo dos materiais utilizados para sua instalação, e manutenção, além de apresentar menor grau de limitação relacionada ao sítio de punção (distantes de articulações). 24 Outra investigação reforça que as manifestações advindas da terapia subcutânea são complicações locais e facilmente resolvidas, além de não resultarem em comprometimento sistêmico. 19 Sugere-se a ampliação das discussões entre os profissionais de saúde acerca das possibilidades de uso da hipodermóclise, para que novas propostas sejam instituídas, buscando promover, disseminar e auxiliar no conhecimento e segurança acerca do uso dessa via.…”

Hipodermóclise como estratégia de conforto aos pacientes em cuidados paliativos

“…A possibilidade do uso em domicílio traz a equipe de saúde mais perto dessa família, assim a enfermagem experencia o ensinar e o cuidar potencializando a técnica fora do ambiente hospitalar (CORDEIRO et al, 2023). O profissional capacitado pode treinar o familiar/cuidador para o uso da hipodermóclise no domicílio conforme podemos observar nas citações de familiares cuidadores a seguir: Dos 9 pacientes que em algum momento foram atendidos em domicílio, seis (66,7%) receberam cuidados de familiares para a manutenção do cateter, dois (22,2%) além de receberem auxílio de familiares participam do cuidado com o cateter e apenas um (11,1%) possuía um cuidador formal (auxiliar de enfermagem) (JUSTINO et al, 2013, p. 87).…”