RESUMO -Com o aquecimento global, decorrente da emissão de gases do efeito estufa, principalmente o CO 2 gerado na queima de combustíveis fósseis, políticas mundiais têm apontado para a necessidade de produção de combustíveis utilizando produtos da fotossíntese. Uma nova fonte alternativa de matéria-prima para a produção de etanol é o capim elefante (Pennisetum purpureum), que é uma gramínea de grande porte, fácil manejo e cultivo e abundante em todo o Brasil. Este trabalho teve como objetivo, determinar a potencialidade do capim elefante, colhido pela Embrapa Pecuária Sul (CPPSul) no município de Bagé no estado do Rio Grande do Sul, para a produção de álcool de segunda geração. Para isso, a biomassa foi caracterizada por análise granulométrica, apresentando diâmetro médio de Sauter de 0,432 mm e, quimicamente, pelo método de Van Soest, que mostrou que a fração de capim elefante com maior potencial para a produção de etanol é a de folhas jovens com 22,01 % de hemicelulose, 52,28 % de celulose e 8,28 % de lignina.Foram testados três tipos de pré-tratamento: ácido, hidrotérmico e básico, seguidos de hidrólise enzimática com a enzima comercial Celluclast® 1,5 L. O melhor resultado encontrado pelo método de 3,5-dinitrosalicilico (DNS) foi 1,94 g/L de açúcares redutores obtido com pré-tratamento alcalino usando hidróxido de sódio 0,25 M. Esse resultado também foi encontrado em análise morfológica preliminar por microscopia óptica.