“…Ainda que a natureza da prática e a análise das ações e dos fenômenos sociais variem muito entre eles, os teóricos da prática (por exemplo: Giddens, Bourdieu, Garfinkel, Foucault, Latour, De Certeau, entre outros) geralmente concordam que a vida social pode ser encarada como um nexo de práticas, que o social é um conjunto historicamente contingente e em constante vir a ser de diversas atividades humanas, que tudo aquilo que as pessoas fazem é feito como parte de uma prática, que os fenômenos sociais como as organizações podem ser entendidas via estruturas de, e relações entre práticas, que é nas práticas onde as nossas identidades se constroem e os significados "das coisas" se estabelecem na vida humana, e que a nossa inteligibilidade e/ou o entendimento "do mundo" é articulado nas práticas (SCHATZKI, 1996(SCHATZKI, , 1997(SCHATZKI, , 2002(SCHATZKI, , 2005(SCHATZKI, , 2006. É nesse sentido que, em grande medida, a recuperação da prática nos estudos organizacionais tem andado de mãos dadas com a preocupação de se "encarar" as organizações não mais como uma "coisa", objetivada, dada na realidade, e sim como um emaranhado de práticas em constante processo de (re/des)construção (SCHATZKI, 2006;VAN DE VEN;pOOLE, 2005).…”