Prática da episiotomia durante a assistência ao parto: tendência e fatores de risco em uma coorte retrospectiva de cinco anos

Intervenções obstétricas realizadas no período expulsivo: Um destaque para episiotomia / Obstetric intervention performed during expulsion: A highlight for episiotomy

“…Em relação à episiotomia, sabe-se que é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no mundo, apesar de ainda não existirem evidencias cientificas fortes sobre seu benefício. Autores afirmam que o procedimento é utilizado com intenção preventiva da laceração de terceiro e quarto grau e também redução do segundo estágio de trabalho de parto (MORATO, 2019). Segundo a WHO (2018), o uso rotineiro da episiotomia não é recomendado para mulheres que evoluem para parto espontâneo vaginal.…”

“…Um estudo de revisão integrativa sobre práticas com episiotomia, mostra que, em um total de 5541 mulheres, 71,0% foram submetidas à episiotomia de rotina, enquanto que a taxa de episiotomia restritiva ficou na faixa de 28,4%. Em comparação com o uso da pratica rotineira, a modalidade restritiva culminou na diminuição de complicações na cicatrização, trauma perineal e sutura (MORATO, 2019).…”

“…As indicações para a realização da episiotomia ainda é controversa na literatura. Um estudo recente revela que países como Suécia, Dinamarca e Islândia são os únicos que permanecem abaixo de 10% das taxas apropriadas pela diretriz da OMS (CLESSE et al, 2018;MORATO, 2019;WHO, 2018 Patos, ratificou que a avaliação das puérperas frente à assistência de enfermagem foi satisfatória (SILVA et al, 2015). O cuidado ofertado por estes profissionais, às mulheres de baixo risco, parte do pressuposto que a gestação e o parto são eventos saudáveis e por isso podem ser vivenciados com intervenções mínimas (BRASIL, 2017;MONTEIRO, 2018;SANCHES et al, 2018;SOUSA et al, 2016;WHO, 2018).…”