The objective was to understand the aspects involved in the communication of their own clinical condition to their partners by young women born with HIV. This is qualitative research, developed in a Specialized HIV Care Service in the southern region of Brazil with ten young people who were born with HIV, using the individual interview, from June 2017 to March 2018. An anchored psychosocial analysis was used within the Framework of Vulnerability and Human Rights. Two groups emerged: the first composed of young women who chose to communicate with their partners at the beginning of affective relationships; and the second, with the young women who postponed such communication. All of them experienced apprehensions and fears regarding the partner's reaction, thought about or adopted some strategies for communication, and reported situations of lesser involvement in HIV prevention behaviors by couples/partners. Care practices that dialogue with young women about the unique difficulties in their intersubjective contexts, crossed by structural social issues, are essential in order to support them in communicating their HIV status to their partners in as soon as possible, in adopting preventive strategies, and in accessing resources that protect their and their partners' sexual and reproductive health. KEYWORDS HIV. Adolescent health. Sexual partners. Communication.
RESUMO Objetivou-se compreender os aspectos envolvidos na comunicação da própria condição clínica aos parceiros por mulheres jovens que nasceram com HIV. Trata-se de pesquisa qualitativa, desenvolvida em Serviço de Assistência Especializada ao HIV na região sul do Brasil com dez jovens que nasceram com HIV, sendo empregada a entrevista individual, de junho de 2017 a março de 2018. Utilizou-se a análise psicossocial ancorada no Quadro da Vulnerabilidade e dos Direitos Humanos. Evidenciaram-se dois grupos: o primeiro, composto por jovens que optaram por comunicar sua condição clínica ao parceiro no início das relações afetivas; e o segundo, com as jovens que postergaram tal comunicação. Todas vivenciaram receiose medos da reação do parceiro, pensaram ou adotaram algumas estratégias para a comunicação e relataram situações de menor implicação nas condutas preventivas ao HIV pelos casais/parceiros. Conclui-se que são essenciais práticas de cuidado que dialoguem com as jovens sobre as dificuldades singulares em seus contextos intersubjetivos, atravessados por questões sociais estruturais a fim de apoiá-las na comunicação sobre a soropositividade aos parceiros em tempo mais oportuno possível, na adoção de estratégias preventivas e no acesso aos recursos que protejam a saúde sexual e reprodutiva delas e dos parceiros.