“…No âmbito da vivência profissional, os aspectos mais valorizados são a importância da discussão dos papéis profissionais, do trabalho em equipe, do compromisso na solução de problemas e da negociação na tomada de decisão, que são traduzidas como características marcantes da educação interprofissional. 14,15,16,25,26,31 Apesar disso, também foi possível identificar aspectos negativos elencados pelas equipes, como: práticas colaborativas fragmentadas e com baixa adesão, incluindo o Núcleo Ampliado à Saúde da Família -Atenção Básica (NASF-AB); profissionais que não possuem perspectivas de trabalho compartilhado; débil estabelecimento de Diretrizes Estratégicas pelas gestões municipais para o desenvolvimento da colaboração interprofissional; fragilidades nas condições estruturais, materiais e formativas necessárias ao desenvolvimento da colaboração entre equipes; problemas relacionados ao espaço físico das unidades, carências de materiais e equipamentos e dificuldades de transporte; elevado número de Equipes de Saúde da Família por NASF-AB, impossibilitando que o NASF-AB se vincule e desenvolva trabalho articulado; e processos comunicacionais inadequados. 14,16,19 Ainda, como estratégias para resolver os desafios nas práticas colaborativas, alguns estudos sugerem a necessidade do exercício do trabalho compartilhado, em todos os níveis de ensino superior, de maneira a desenvolver no futuro profissional o hábito de relacionar-se interprofissionalmente.…”