A pandemia da COVID-19, declarada pela OMS em março de 2020, desencadeou uma série de transformações globais, levando à necessidade de compreender os impactos pós-pandêmicos nas subjetividades humanas. Este estudo adota uma abordagem psicanalítica, destacando contribuições de Winnicott, Freud e Birman, para analisar as respostas sociais durante a crise, explorando aspectos como a redução do contato presencial, o luto, o adoecimento e as repercussões psicossociais, gerando um desamparo psíquico, caracterizado como trauma, resultando em medo e incertezas. A psicanálise se adaptou à conjuntura, enfatizando a importância de compreender perspectivas subjetivas e psíquicas. A adaptação da técnica psicanalítica durante a pandemia exigiu flexibilidade e cuidado ético, possibilitando o acolhimento do sofrimento, incertezas e luto. A pesquisa buscou conexões entre os conceitos psicanalíticos e as respostas psicológicas emergentes, destacando a sensibilidade das teorias psicanalíticas para compreender as dinâmicas emocionais contemporâneas. Por fim, o estudo reforça a importância da psicanálise como ferramenta crítica na compreensão das transformações psicossociais durante a pandemia. A flexibilidade da técnica psicanalítica, evidenciada por autores contemporâneos, permitiu o enfrentamento das demandas únicas do contexto atual, demonstrando a vitalidade e adaptabilidade dessa abordagem em meio a crises.