A mamãe levantava cedinho, acendia o fogão a lenha, depois vinha acordar a gente: "vamos meus filhos, vamos tomar café!" (...) Ela servia tigelas grandes, punha o pão, jogava o leite e o café e fazia uma papinha 2Chá! Que asneira! Chá é água morna! 3 RESUMO: Este artigo apresenta algumas reflexões em torno das formas e volumes das louças em faiança fina produzidas, e consumidas, na cidade de São Paulo, durante o período de 1913 e 1937, relacionando-as a alguns hábitos levados a cabo na Paulicéia, como o crescente costume do "cafezinho". Para tal, parte-se das análises do acervo gerado pelo resgate do sítio arqueológico Petybon, localizado na zona metropolitana da cidade, no bairro da Lapa, região da Água Branca/Vila Romana. Aponta-se que a diversidade de formas das louças dialoga com os projetos de modernidade pensados para São Paulo e as demandas dos consumidores cujas diversas práticas culturais influenciaram na produção das faianças finas pela Fábrica de Louças Santa Catharina e Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo. PALAVRAS-CHAVE: Arqueologia Histórica. Faiança fina. Louças. Fábricas. São Paulo.ABSTRACT: This article aims to present ideas about the forms and volumes of the refined earthenwares produced, and consumed, in São Paulo city, during 1913 and 1937. For such, we analyze the Petybon archaeological collection, recovered from an urban archaeological site at the neighborhood of Lapa, Água Branca/Vila Romana region. We assume that the diversity of the refined earthenwares forms dialogue with the modernity projects thought to São Paulo, and the consumers demand whose many cultural practices had influenced the ceramic production by the Santa Catharina Pottery Factory and Matarazzo Factories United Industries.