Práticas integrativas e complementares - análise documental e o olhar de profissionais da saúde

Abstract

Este artigo está publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho seja corretamente citado. RESUMOObjetivo: Investigar a implantação das práticas integrativas e complementares e avaliar o uso, formação e aceitação dessas práticas pelos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos: Estudo dividido em dois momentos: a) documental retrospectivo, realizado pela leitura sistemática dos relatórios das Conferências Municipais de Saúde (2005)(2006)(2007)(2008)(2009)(2010)(2011)(2012)(2013)(2014)(2015) de Curitiba, Paraná, Brasil, identificando propostas relativas à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC); b) quantitativo transversal, realizado em um Distrito Sanitário de Saúde do município analisado, em 2017, com 240 profissionais de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Coletaram-se os dados a partir de entrevista semiestruturada, a qual incluiu variáveis socioeconômicas e as práticas integrativas e complementares (PIC): conhecimento da PNPIC; formação em PIC; desenvolvimento de PIC na APS; acesso ao encaminhamento; ser usuário de PIC; opinião sobre benefícios das PIC na APS. Os resultados foram analisados por meio de frequências e percentuais. Resultados: Das 2.975 propostas analisadas, identificaram-se 20 referentes à PINPIC, o que representa 0,71% do total. Os dados primários apontam que 81,3% (n=195) dos profissionais desconhecem a PNPIC, 98,7% (n=237) acreditam nos benefícios da oferta da APS, 5,8% (n=14) possuem formação e, destes, 2,1% (n=5) ofertam PIC na APS. Conclusão: A proposta de implantação de PIC no município investigado é incipiente. No distrito sanitário estudado existe pouca utilização, embora haja um crescente interesse e aceitação das PIC pelos profissionais da saúde que atuam na APS. ABSTRACT Objective: To investigate the implementation of integrative and complementary practices and assess the use, training and acceptance of these practices by professionals working in Primary Health Care (PHC). Methods: The study was held in two stages: (a) a retrospective documentary analysis was done through systematic reading of the reports of the Municipal Health Conferences (2005-2015) held in Curitiba, Paraná, Brazil to identify proposals related to the National Integrative and Complementary Practices Policy (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares -PNPIC); (b) a cross-sectional quantitative study was conducted in a Sanitary District located in the analyzed municipality in 2017 with 240 professionals in eight PHC centers. Data were collected through semi-structured interviews that addressed socioeconomic variables and integrative and complementary practices (ICP): knowledge of PNPIC; ICP training; ICP practice in PHC; access to referral; being a user of ICP; opinion on benefits of ICP in PHC. The results were analyzed using frequencies and percentages. Results: Of the 2,975 proposals analyzed, Savaris LE, Böger B, Savian AC, J...

Ensino de práticas integrativas e complementares: uma análise dos cursos de Odontologia do Brasil

“…Atrelado a isso, a falta de ensino acaba prejudicando a prescrição segura para a tomada de decisões em relação ao seu uso, como indicações terapêuticas, mecanismos de ação, interações medicamentosas e possíveis riscos, gerando uma barreira entre o uso dessas práticas e o paciente. Complementares, com maior elucidação da conduta e importância no meio acadêmico, para possibilitar um foco maior para o tema, além da troca de experiência que serão incorporadas à rotina de trabalho como um processo efetivo, contínuo e ajustado às necessidades do Sistema Único de Saúde, valorizando a integralidade em saúde e a promoção global do cuidado humano (SAVARIS et al, 2019).…”

Práticas integrativas e complementares e suas aplicabilidades nos campos de formação e atuação de enfermeiro

“…Ademais, poucos são os estudos que se debruçam sobre a discussão da eficácia e segurança das PICs, como demonstrado na Figura 4. As práticas integrativas e complementares mais citadas entre os estudos foram: Fitoterapia, Acupuntura e Homeopatia (Cruz et al, 2012;Ruela et al, 2019;Savaris et al, 2019). É evidente a centralização dos estudos que focam nos benefícios de certas práticas, como fitoterapia e acupuntura, destacando quase a inexistência de estudos que abordam as demais práticas, como, por exemplo, Aromaterapia, Termalismo social e PICs grupais.…”

Práticas integrativas e complementares no sistema único de saúde - uma revisão de literatura

“…Os estudos incluídos nesta revisão tiveram como objetivo avaliar o conhecimento dos profissionais (THIAGO et al, 2011;SCHVEITZER et al, 2012;LIMA et al, 2014;CARVALHO et al, 2018;DA COSTA MATOS et al, 2018;SAVARIS et al,2019;SOARES et al, 2019e/ou gestores (ISCHKANIAN et al, 2012GALHARDI et al, 2013;BARROS et al, 2018;BARROS et al, 2020) da Atenção Primária à Saúde em relação às Práticas Integrativas e Complementares.…”

“…A maioria dos profissionais da saúde não conheciam a PNPIC, expôs-se o déficit no conhecimento da política, a ausência da aprendizagem no processo formativo, além das ausências de capacitações ofertadas pela gestão, por meio da educação permanente, o que reverbera negativamente na prática, ao deixar de ofertar para a população do seu território adscrito ações que possibilitem um olhar para além da clínica tradicional, prescritiva e medicamentosa (THIAGO et al, 2011;CARVALHO et al, 2018;SAVARIS et al, 2019;SOARES et al, 2019). Sendo que profissionais entre 6-10 anos de experiência na saúde, são os que mais conhecem a política, seguidos dos com mais de 10 anos de atuação (CARVALHO et al, 2018) Em contrapartida a maioria dos profissionais sabiam sobre as PICS, mas tinham conhecimento superficial sobre as práticas (CARVALHO et al, 2018;DA COSTA MATOS et al, 2018) mostrando-se favoráveis quanto ao uso das PICS (ISCHKANIAN et al, 2012;CARVALHO et al, 2018;DA COSTA MATOS et al, 2018;SAVARIS et al, 2019;BARROS et al, 2020) e declararam acreditar nos efeitos terapêuticos para a melhoria de suas condições de Página | 1042colaboradores (BARROS et al, 2020, enfatizaram como benefícios o fortalecimento da autoestima, socialização e satisfação pelo atendimento recebido em consequência do acolhimento, do atendimento integral e humanizado.…”