A presente pesquisa teve como objetivo analisar os impactos do trabalho na saúde mental dos profissionais da educação, sob a perspectiva da psicodinâmica do trabalho. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa com 15 professores de uma escola pública localizada no Sudeste do Brasil, no interior do estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados envolveu a aplicação de entrevistas em profundidade, sendo que os dados foram analisados por meio do método indutivo, levando-se em consideração as diretrizes da análise temática propostas por Yin (2015). Como resultado, constatou-se que a maioria dos professores relatou impactos negativos em sua saúde mental devido às atividades docentes, destacando a complexidade e a pressão associadas à profissão. A falta de valorização profissional, incluindo reconhecimento e remuneração inadequada, emergiu como o principal fator que impacta a saúde mental. Além disso, a alta carga horária, a falta de regras na instituição e as divergências interpessoais entre colegas e o comportamento dos alunos também contribuíram para o desgaste emocional entre os docentes. Observou-se que esses fatores possuem repercussões diretas sobre o bem-estar dos professores, resultando em problemas de cunho psíquico, tais como estresse crônico, ansiedade, exaustão, sentimentos de tristeza e a dificuldade em encontrar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.