A Jabuticabeira (Myrciaria cauliflora) é uma árvore frutífera nativa brasileira, pertencente à família Myrtaceae, seus frutos possuem grande valor nutricional. As cascas de jabuticaba são uma fonte de antocianinas, os quais são poderosos compostos antioxidantes e apresentam atividade antimicrobiana. Contudo, as cascas de jabuticaba são geralmente descartadas, o que além de gerar resíduos poluentes, promove o desperdício de nutrientes e compostos potencialmente bioativos presentes nessa porção. Assim, com o objetivo de minimizar as alterações e perdas de determinados compostos bioativos, e consequentemente indicar o potencial do aproveitamento do resíduo em escala industrial, o presente trabalho tem com objetivo avaliar a cinética de secagem da casca de jabuticaba e ajustar modelos matemáticos aos dados experimentais. Os frutos foram adquiridos no comércio de Campina Grande/PB, selecionados de acordo com o grau de maturação apropriada para o processamento e ausência de danos físicos (injúrias), lavados e higienizados com solução de hipoclorito de sódio, em seguida foram despolpados manualmente para separação das frações sólidas, polpa, casca e sementes. A secagem foi realizada em uma estufa de circulação de ar forçado, na faixa de temperaturas 45, 50 e 55°C. Os dados experimentais da secagem foram ajustados aos modelos de Page, Midili e Henderson e Pabis. A cinética das cascas de Jabuticaba mostrou que a temperatura influenciou no processo de secagem, e constatou-se que a constante de secagem “k” aumentou com a sua elevação. Ademais, o modelo de Midili apresentou um melhor ajuste comparado aos demais métodos.