Resumo.A tecnologia fotovoltaica orgânica (OPV) tem apresentado um desenvolvimento expressivo nos últimos anos, com valores de eficiência superiores a 18%. Apesar disso, a estabilidade continua a ser um entrave à sua completa comercialização. O OPV possui características únicas de leveza, transparência e flexibilidade que o diferencia de outras tecnologias fotovoltaicas. No entanto, como um material orgânico, está sujeito à degradação pelas condições às quais está exposto em uma aplicação: luz, oxigênio, umidade temperatura, entre outras. Nesse trabalho buscou-se avaliar a utilização de módulos OPV em duas posições, horizontal e vertical, de modo a comparar a geração de energia e a degradação ao longo do tempo. Foi observado que, instalado na posição vertical, o OPV gerou no primeiro ano o correspondente a 62% da energia de uma posição horizontal; apesar disso, a degradação foi menos acelerada, resultando em maior geração nos 6 meses subsequentes. Esse resultado indica que a aplicação do OPV em instalações verticais, como fachadas de prédios, é favorecida por apresentar uma degradação mais lenta, assim como por aproveitar as características únicas do OPV.