Resumo Objetivo Mapear evidências científicas nacionais e internacionais sobre a condução veicular por pessoas idosas. Método Revisão de escopo baseada no manual proposto pelo Joanna Briggs Institute. Para as buscas foram acessadas as bases MEDLINE, Web of Science, Scopus, SciELO e a literatura cinzenta, por meio do Google Scholar. Resultados Dos 1.194 estudos encontrados, selecionaram-se 189 artigos submetidos aos critérios de elegibilidade. Os países precursores nas publicações foram Austrália e Estados Unidos, e o ápice das pesquisas ocorreu entre 2013 e 2014. Os participantes dos estudos eram pessoas idosas saudáveis, 63,49% (120); seguidos de 17,46% (33) com doença de Alzheimer; 11,11% (21) com Transtorno Neurocognitivo Leve; 6,88% (13) com doença de Parkinson; e 19,58% (37) com outras comorbidades. Diferentes tipos de intervenções foram identificadas nos estudos, destas, 94,02% (178) avaliaram a eficácia de instrumentos que mensuram a aptidão do motorista idoso. Conclusão Houve predominância de estudos na busca de instrumentos de avaliação que mensurassem a funcionalidade do condutor idoso. Esse fato ratifica a importância de avaliação padronizada, validada e economicamente viável que colabore na identificação do motorista em risco. Evidenciou-se a necessidade de intervenções para a prática da geriatria e gerontologia, por meio de ações para formação de equipe multidisciplinar especializada em condução veicular, de modo a adequar as diretrizes de licenciamento a fim de atender às especificidades dos condutores idosos, considerando os aspectos sociais, econômicos, políticos e educacionais, especialmente nos departamentos de trânsito brasileiro.