Modelo do estudo: Estudo experimental. Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) refere-se a um diagnóstico sindrômico de perda progressiva e irreversível da função renal. O paciente submetido à hemodiálise pode apresentar limitações na capacidade funcional, função pulmonar e força muscular respiratória, com consequentes prejuízos na qualidade de vida. Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de exercício físico sobre a função pulmonar, capacidade funcional, qualidade de vida e dor, em pacientes que realizam hemodiálise. Metodologia: Participaram do estudo 28 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 40 e 60 anos, em programa de hemodiálise no Instituto do Rim da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente-SP. A força muscular respiratória foi avaliada pela manovacuometria, a capacidade funcional, pelo TC6', a qualidade de vida, pelo questionário KDQOLSF, a função pulmonar, pela espirometria e a dor, pela EVA. Após as avaliações, os pacientes iniciaram o programa de exercícios, que foi desenvolvido três vezes por semana, durante 40 minutos em hemodiálise, por oito semanas. Ao final do programa, os pacientes foram reavaliados. Resultados: Não houve diferença significativa dos valores da CVF e VEF1 pré e pós-programa de exercícios, assim como do Índice de Tiffenau. O valor da PImax pós-programa foi significativamente maior que o obtido na avaliação pré-programa. Para a variável PEmax, não foi encontrada diferença significativa. As avaliações da capacidade funcional inicial e final não apresentaram diferenças significativas (p>0,05). A avaliação da qualidade de vida, quanto aos domínios das áreas específicas da DRC, mostrou que houve significância estatística, ao comparar a lista de sintomas e problemas com a sobrecarga da DRC e papel profissional. Os indicadores relativos à dor foram reduzidos, após o programa (p<0,05). Discussão: O DRC enfrenta situações complexas de dependência física, social e financeira. Apesar de não apresentar resultados estatisticamente significativos em todas as variáveis avaliadas, este estudo, corroborando outros encontrados na literatura, sugere um programa de exercício físico, com aspectos positivos para essa população. Conclusão: Embora a capacidade pulmonar e a capacidade funcional (TC6') não tenham apresentado alterações ao final do experimento, os níveis reduzidos de dor, cansaço e dispneia sugerem melhora do desempenho funcional, após programas de exercício físico para DRC.