A partir do tipo de dano (injúria) presente nos restos bioclásticos é possível inferir os processos de alteração de informação biológica que agem durante a incorporação destes restos no registro fossilífero. Tais danos, denominadas assinaturas tafonômicas, possuem direta relação com os fatores ambientais que atuaram após a morte e durante a permanência dos bioclastos no sedimento antes da fossilização final, e durante a eodiagênese. Assim, é possível interpretar as condições ambientais a partir da identificação do padrão de assinaturas tafonômicas presentes (perfil de dano) nos restos fossilizáveis. Propósito deste texto é explorar os prinpadrão de assinaturas tafonômicas presentes (perfil de dano) nos restos fossilizáveis. propósito deste texto é explorar os principais tipos de dano presentes em restos de moluscos (conchas) de acordo com sua origem ambiental. Além disso, será explicado como funciona, tafonomicamente, o intervalo sedimentar onde as assinaturas se originam, com detalhamento da bioturbação e dos principais aspectos geoquímicos presentes nesta zona de alteração dos restos biológicos. Será dada maior ênfase em estudos conduzidos com restos de moluscos marinhos, por serem mais bem conhecidos e mais numerosos na bibliografia. Também será demonstrada a viabilidade de interpretação paleoambiental a partir das assinaturas tafonômicas em moluscos.