Resumo
A recente preocupação quanto às mudanças climáticas vem impulsionando pesquisas em eficiência energética dos meios de transportes
IntroduçãoA preocupação mundial referente às questões ambientais tem conduzido à busca por soluções que permitam reduzir o consumo de combustíveis e a consequente emissão de gases poluentes pelos meios de transporte. Algumas possibilidades incluem a utilização de fontes renováveis de energia, melhorias na eficiência dos motores e na aerodinâmica e redução de peso, sendo esta última uma excelente opção de custo-benefício [1]. A redução do peso das estruturas está diretamente relacionada à utilização de materiais leves que apresentem uma alta resistência específica. As ligas de alumínio (Al) e de magnésio (Mg) se apresentam como opções naturais em função dos baixos valores de densidade, além de apresentarem excelente usinabilidade e possibilidade de reciclagem.Os atributos das ligas de Al e Mg são de grande interesse das indústrias automobilística e aeronáutica, porém o emprego de tais materiais torna-se muitas vezes inviável em função da dificuldade de união. Algumas características metalúrgicas intrínsecas dificultam a obtenção de uma junta de alta qualidade por meio de processos convencionais de soldagem. Dado o potencial de aplicação, novas alternativas de processamento vem sendo estudadas nas últimas décadas. Desenvolvida em 1991 pelo The Welding Institute (TWI) na Inglaterra [2], a tecnologia de soldagem por fricção e mistura (Friction Stir Welding, FSW) tem sido aplicada com sucesso na união de diversas ligas metálicas, incluindo metais dissimilares. O processo, realizado no estado sólido, envolve essencialmente calor por fricção e deformação plástica severa, decorrentes da interação entre uma ferramenta não-consumível e a superfície da peça a ser soldada [3].O fato de ser um processo no estado sólido elimina uma série de limitações associadas aos processos que envolvem a fusão