The headache caused by excessive drug use is a chronic daily headache variant, with clinical manifestation frequency ≥ 15 days per month, during three months. It presents a poor diagnosis and its treatment is divided into stages, being detoxification an essential step. This article presents a review over this topic, contributing to the clarification of its clinical manifestations, main theories involving physiopathology and pharmacological therapy applied. The methodology used was the review of European and American publications from 2001 until 2013, in Portuguese, English and Spanish. All drugs used in the symptomatic headache treatment are able to chronify a pre-existing headache, when excessively consumed on a regular and ongoing basis. The suspension of such therapeutic agents will result in improvement in most patients, but may require the introduction of a temporary supportive therapy and/or prophylactic therapy. Non -pharmacological treatments, when combined with pharmacological, increases the likelihood of satisfactory results, avoiding relapses Keywords: headache; secondary headache disorders; drug utilization.
RESUMOUma variante da cefaleia crônica diária, a cefaleia por uso excessivo de medicamentos é uma manifestação clínica de frequência ≥ 15 dias por mês, durante 3 meses. Possui um diagnóstico deficiente e um tratamento dividido em etapas, sendo a desintoxicação, a etapa de fundamental importância. Este artigo apresenta uma revisão sobre o tema, contribuindo para o esclarecimento das principais manifestações clínicas, principais teorias envolvendo sua fisiopatologia e a terapêutica farmacológica empregada. A metodologia utilizada foi uma revisão de publicações europeias e americanas, no período de 2001 a 2013, nos idiomas português, inglês e espanhol. Todos os medicamentos utilizados no tratamento sintomático das cefaleias são capazes de cronificar uma cefaleia preexistente, desde que sejam utilizados excessivamente, de forma regular e continuada. A suspensão de tais agentes terapêuticos resultará em melhoria na maioria dos pacientes, porém pode ser necessária a introdução de uma terapia de suporte de transição e/ou terapia profilática. Os tratamentos nao farmacológicos, quando associados ao farmacológico, ampliam a possibilidade de resultados satisfatórios, evitando recaídas.