Apesar da erupção dentária ser considerado um processo fisiológico, os Odontopediatras são frequentemente questionados sobre possíveis alterações decorrentes da irrupção. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de atraso na erupção dos incisivos centrais superiores em uma criança do sexo masculino com 8 anos de idade.
Devido a pandemia, e o aconselhamento dos órgãos governamentais suspenderem o atendimento odontológico eletivo, a conduta foi utilizar o telemonitoramento para acompanhar, aconselhar e acolher o paciente. Durante as consultas, de forma remota, foi possível observar que a gengiva do paciente estava fibrosada, uma vez que a criança apresentou perda precoce dos dentes decíduos. Com as imagens fornecidas pela mãe, foi possível observar na região dos dentes 11 e 21 um abaulamento gengival. Após 3 meses de acompanhamento, os dentes irromperam apresentando uma resolução clinica espontânea e de mínima intervenção. Com isso, concluímos um bom diagnóstico realizado pelo cirurgião dentista é essencial para o sucesso na conduta clinica e o uso do telemonitoramento foi uma ferramenta potente e segura neste momento de pandemia permitindo acompanhar à distância as crianças com os cuidados de saúde bucal.