O desenvolvimento das tecnologias genéticas pré-implantacionais nos permite, hoje, identificar anomalias genéticas hereditárias, realizar triagem em busca de mutações e analisar previamente a viabilidade de um embrião, inclusive conhecer a compatibilidade genética embrionária com a de uma pessoa já nascida e doente, que necessite de um doador compatível. Os testes genéticos pré-implantacionais consistem em um conjunto de técnicas, realizadas após o processo de Fertilização in vitro (FIV) e antes da implantação do embrião. Devido à escassez de artigos na literatura brasileira sobre o assunto, foi desenvolvida uma revisão de literatura, que tem como objetivo explanar sobre os avanços que ocorreram nos últimos 30 anos nos testes utilizados para o diagnóstico genético pré-implantacional (DGPI), esclarecendo e apresentando seus protocolos. Para isso, foram selecionadas as principais técnicas adotadas, sendo elas Nested PCR, Multiplex PCR, qPCR, FISH, aCGH, SNP’s, NGS Ion Torrent e Illumina, além de contextualizar a cronologia dos testes e apresentar todo o contexto ético que os envolve. Para tanto, foram utilizadas 48 referências de língua inglesa, portuguesa e espanhola, em sua maioria datadas entre 2017 a 2021. É fato que o DGPI confere um grande avanço no campo da reprodução assistida e possibilita mulheres com idade avançada ou histórico recorrente de aborto, além de pessoas com anomalias genéticas, terem o DNA de seus embriões analisados antes de sua implantação, permitindo identificar mutações que poderão afetar a saúde do bebê e garantindo a sua compatibilidade com a vida.