FLAVONOID PROFILES AND EVALUATION OF ANTIOXIDANT POTENTIAL AND CYTOTOXICITY OF AMAZONIANBauhinia purpurea (Fabaceae). Plants of the Bauhinia species (Fabaceae) are used in the treatment of several infections and diseases, especially diabetes. In this paper, with an aim to contribute to the knowledge of the chemistry and therapeutic potential of the Amazonian species of the genus Bauhinia, flavonoid profiles in the leaves and branches of Bauhinia purpurea collected in Manaus and São Gabriel da Cachoeira/AM were analyzed by HPLC-DAD and ESIMS. Differences in the flavonoid profiles were detected along with the presence of rutin and isoquercitrin in the leaves collected in Manaus. All samples showed antioxidant activity, however, no cytotoxic activity against cell lines MDA-MB435 (breast), , and SF-295 (glioblastoma) could be detected.Keywords: Bauhinia purpurea; rutin; isoquercitrin.
INTRODUÇÃOO gênero Bauhinia pertencente à família Fabaceae (subfamília: Cercideae) contém cerca de 300 espécies que são conhecidas popularmente no Brasil como pata-de-vaca pelo formato bilobado de suas folhas. 1 Elas são usadas na medicina tradicional em diversas partes do mundo por suas propriedades analgésica, antidiabética, antiinflamatória, antimicrobiana, adstrigente, diurética no tratamento de inchaços e tumores estomacais, diarréia e úlcera. 2-5 O uso popular mais comumente relatado para esse gênero no Brasil está relacionado à atividade hipoglicemiante, com várias espécies usadas para esse fim, em especial Bauhinia forficata, que é amplamente comercializada em variadas formas farmacêuticas. 6,7 As espécies de Bauhinia contêm diversas substâncias, como flavonoides livres e glicosilados, terpenoides, esteroides, ácidos fenólicos e alcaloides. 6-9 De espécimes asiáticos de B. purpurea foram isolados além de flavonoides, como kaempferol-3-galactosídio, isoquercitrina, rutina e astragalina, compostos raros da classe oxepinos, bauhiniastatinas, alguns com atividade citotóxica. [10][11][12] De um modo geral, as propriedades terapêuticas das espécies, especialmente as atividades antioxidante e hipoglicemiante, têm sido correlacionadas à presença de compostos fenólicos, em especial de flavonoides glicosilados, como a kaempferitrina, vinculada à ação hipoglicemiante da espécie B. forficata. [13][14][15] O estudo da espécie B. purpurea frente à atividade antioxidante vem ganhando destaque no estudo do gênero, já que seus extratos têm exibido potencial intermediário ou equivalente aos padrões geralmente utilizados nos testes para esta atividade. As substâncias fenólicas, atribuídas como as principais responsáveis por essas atividades, tem sido investigadas por meios cromatográficos e espectrométricos, na busca para estabelecer um perfil cromatográfico dentro da espécie. [16][17][18][19] Na região amazônica, o uso de espécies desse gênero não é diferente, havendo relatos para o tratamento de diabetes nos estados do Acre, Amazonas e Pará. As espécies são encontradas em muitas feiras e comércios a céu aberto, especialmente folhas, para uso co...