O surgimento das tecnologias digitais marcou o século XXI com a era da informação e da globalização; entre essas tecnologias, dois dispositivos se destacaram e se tornaram indispensáveis na rotina moderna: o celular e o fone de ouvido. Com a popularidade desses aparelhos no Brasil, muitas pessoas passaram a utilizá-los constantemente, levando-os a diversos ambientes, incluindo locais de alto risco de propagação microbiológica. Diante desse cenário, este trabalho tem como objetivo investigar os micro-organismos patogênicos presentes em aparelhos celulares e fones ouvido por meio de uma revisão integrativa da literatura, analisar a virulência dos micro-organismos identificados, determinando sua capacidade de causar doenças em humanos e avaliar o melhor método de higienização para remoção dos patógenos nas superfícies dos dispositivos eletrônicos. Para a metodologia, foi utilizado como base bibliográfica artigos científicos disponíveis em bancos de dados online como Google Acadêmico, LILACS, MEDLINE e SciElo, estes se encontravam nas línguas portuguesa, espanhola e inglesa. Com a análise dos 15 artigos selecionados foi possível identificar uma variedade de bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos patogênicos presentes na superfície dos aparelhos celulares e fones de ouvido, destacando o Staphylococcus aureus como um patógeno recorrente, encontrado em 80% dos trabalhos analisados, além da presença de bactérias da família das enterobactérias em 27% dos artigos, como a Escherichia sp e a Klebsiella sp, que são bactérias normalmente encontradas no trato gastrointestinal humano. Ademais, 60% das pesquisas também identificaram a presença de fungos como Candida sp e 14% encontraram Aspergillus sp, que têm o potencial de causar infecções em diversas partes do corpo, incluindo a pele, unhas e ouvidos. Para higienização, é recomendado o uso do álcool 70%, por ser um dos métodos mais simples e eficazes na realização da limpeza dos aparelhos. Dessa forma, é possível concluir a importância de pesquisas e conscientização contínuas para proteger a saúde pública no contexto tecnológico atual, visto que, foi possível perceber o nível de micro-organismos presente nos dispositivos. No entanto, faz-se necessário pesquisas futuras que investiguem a resistência microbiana em dispositivos eletrônicos ao longo do tempo para o desenvolvimento de medidas de higienização mais eficazes e uma compreensão completa dos riscos potenciais à saúde associados ao uso dos aparelhos celulares e fones de ouvido.