Prevalence and temporal trend of prematurity in Brazil before and during the COVID-19 pandemic: a historical time series analysis, 2011-2021

Abstract

Objetivo: mensurar a prevalência de prematuridade segundo macrorregião brasileira e características maternas, nos últimos 11 anos; comparar as proporções durante a pandemia de covid-19 (2020-2021) com as da série histórica (2011-2019). Métodos: estudo ecológico, com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos; prevalências calculadas segundo ano, macrorregião e características maternas; análise da série temporal pelo modelo de Prais-Winsten. Resultados: a prevalência de prematuridade em 2011-2021 foi de 11,1%, estável; a média no período pandêmico (11,3% – IC95% 11,2;11,4%) assemelhou-se à do período-base (11,0% – IC95% 10,6;11,5%); a região Norte (11,6%) apresentou a maior proporção entre 2011 e 2021; gestação gemelar (56,3%) e gestantes com 4-6 consultas de pré-natal (16,7%) apresentaram tendência crescente (p < 0,001); observou-se maior prevalência para extremos de idade materna, gestantes de raça/cor da pele preta, indígenas e menor escolaridade. Conclusão: maior prematuridade nas gestantes socialmente vulneráveis, em gestações gemelares e no Norte; prevalência estável, sem diferença entre períodos.

Spatial patterns of prematurity and its determinants in the metropolitan region of São Paulo, Brazil, 2010-2019

“…Likewise, the proportion of mothers with low education (up to 7 years) showed a positive spatial association with prematurity, indicating an association between low education and the occurrence of preterm newborns. These results were also found by Alberton et al 35 who evaluated prematurity rates in Brazil and the relationship with age thresholds and mothers’ low education.…”

Impacto da Prematuridade no Desenvolvimento Neuropsicomotor Infantil

“…Definida como o nascimento antes das 37 semanas completas de gestação, a prematuridade afeta milhões de bebês anualmente, representando uma porcentagem substancial de todas as gestações. Embora os avanços na medicina neonatal tenham melhorado as taxas de sobrevivência de bebês prematuros, essa população enfrenta riscos elevados de complicações de saúde a curto e longo prazo, incluindo desafios no desenvolvimento neuropsicomotor (Alberton et al, 2023).…”

“…Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2021), a incidência de partos prematuros varia globalmente, com taxas entre 5% e 18%, resultando em aproximadamente 15 milhões de nascimentos prematuros a cada ano. Essa alta prevalência não apenas impõe custos socioeconômicos substanciais, mas também é uma das principais causas de mortalidade neonatal (Alberton et al, 2023).…”

“…Notavelmente, as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil apresentaram a maior concentração desses nascimentos, com 28% e 39%, respectivamente, durante o período de 2011 a 2019 (BRASIL, 2021). Uma análise das características maternas desses registros revelou uma maior incidência entre gestantes em extremos de idade (com 40 anos ou mais; com menos de 15 anos), aquelas com menos de sete consultas de prénatal e com menos de oito anos de escolaridade (Alberton et al, 2023).…”

Perfil epidemiológico de pacientes recém-nascidos prematuros na Unidade de Terapia Intensiva neonatal em um hospital de referência da Amazônia brasileira

“…E estudo comprova que uma prevalência estável na prematuridade afeta principalmente as gestantes socialmente vulneráveis, em gestações gemelares e no Norte do Brasil. 6 Logo, torna-se essencial fortalecer a assistência durante o período pré e pós-natal. 7 O nascimento prematuro pode ser ocasionado por diversos fatores de risco e patologias, como a hipertensão e/ou diabetes gestacional, infecções pré-natais e hemorragias.…”