Objetivou-se analisar o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, decorrente do período da pandemia por COVID-19, entre profissionais da equipe de enfermagem. Estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, o qual obteve a participação de 49 profissionais da equipe de enfermagem que exerceram suas funções hospitalares durante o período de pandemia, por meio de entrevistas. A coleta de dados ocorreu mediante a aplicação online de dois questionários, onde um deles foi o Inventário de Burnout de Maslach e o outro consistiu em questões sociodemográficas. Entre os entrevistados predominou o sexo feminino (78%), com idade entre 18 a 30 anos (43%), sendo que a maioria atuava como técnicos de enfermagem (47%). Em relação aos níveis de Burnout, a maioria não apresentou níveis altos de Burnout ou tendência a desenvolver a síndrome. Quando as dimensões foram analisadas separadamente, tanto os técnicos de enfermagem quanto os enfermeiros apresentaram altos níveis para despersonalização (43% e 65%, respectivamente). Houve divergência na exaustão emocional e realização profissional, onde enfermeiros apresentaram altos níveis para exaustão emocional (55%) e técnicos com nível médio (39%). No que se refere a realização profissional, os enfermeiros demonstraram um nível médio (55%) e técnicos uma alta significativa, correspondente a 48%. Observou-se, desta forma, embora o índice de Burnout não foi alto no geral, ainda foi possível identificar altos níveis para as dimensões, evidenciando a necessidade de intervenções individuais e organizacionais para minimizar futuros agravos.