Objetivo: o objetivo deste trabalho foi avaliar as condições de saúde bucal e investigar hábitos de vida que poderiam revelar fatores de risco para cárie dentária de atletas paraolímpicos paratletas brasileiros e, assim, identificar quais problemas de saúde bucal podem impactar seu desempenho, possibilitando a implementação de políticas públicas voltadas para essa população. Material e Métodos: os dados foram coletados de atletas participantes de um programa financiado pelo governo denominado “Odontologia Esportiva para Atletas de Alto Desempenho”, realizado no Instituto de Pesquisa em Saúde - INPES em São Paulo, Brasil. Um total de 96 atletas paralímpicos de alto desempenho foram examinados por 4 dentistas treinados e calibrados. Higiene bucal, relatos de dor bucal, exame da ATM, índice de má oclusão e informações sociodemográficas foram os dados coletados. Resultados: A idade dos atletas variou de 18 a 56 anos, com média de idade de 34 anos. A maioria dos atletas era nadadora (55,2%). 27,1% apresentaram sangramento gengival e 31,0% relataram sensibilidade dentária. 47,9% tinham classe I (Angle) e a maioria dos atletas (71,9%) não apresentou sinais clínicos de disfunção temporomandibular. A média do índice de cariados, perdidos e obturados (CPOD) foi de 10,5, variando de 0 a 28. Conclusões: os exames clínicos indicam uma população que necessita significativamente de procedimentos preventivos e restauradores de saúde bucal. Esperamos que nossos dados sejam úteis e ajudem as autoridades responsáveis na criação de políticas públicas curativas e preventivas para a população analisada.