RESUMO Objetivo Estimar a prevalência de sintomatologia depressiva em idosos brasileiros residentes na comunidade. Métodos Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados Medline, SciELO, Web of Science, Scopus e CINAHL, sendo selecionados estudos com idosos brasileiros que identificaram a prevalência de sintomatologia depressiva. De forma independente, dois pesquisadores selecionaram os estudos, extraíram os dados e avaliaram a qualidade metodológica. A metanálise foi realizada para estimar a prevalência de sintomatologia depressiva usando um modelo de efeito aleatório. Resultados Foram identificados 176 artigos e 33 foram incluídos na revisão, que investigaram 34 prevalências, com um total de 39.431 idosos. A distribuição geográfica dos estudos indicou pesquisas em todas as regiões do Brasil. A versão curta da Escala de Depressão Geriátrica foi a mais utilizada. A prevalência estimada de sintomatologia depressiva foi de 21,0% (IC de 95%: 18,0-25,0; I2 = 98,3%). As análises de subgrupos revelaram elevada heterogeneidade em todas as categorias analisadas. A metarregressão não identificou as causas da heterogeneidade. Conclusão Apesar da heterogeneidade entre os estudos analisados, os resultados indicam a necessidade de estratégias de intervenção para reduzir a prevalência de sintomatologia depressiva.