Objetivo: Descrever a prevalência da dor musculoesquelética entre estudantes de Odontologia, suas características e fatores associados. Métodos: Revisão integrativa da literatura obtida por meio de busca eletrônica nas bases de dados: IBECS, LILACS, MEDLINE e SciELO, tendo como critérios de inclusão: artigos publicados entre 2019 e 2022, nos idiomas português e inglês, textos disponíveis na íntegra, com ênfase na dor musculoesquelética em acadêmicos de Odontologia. Resultados: Identificaram-se altas taxas (entre 68,3% e 91,2%) de prevalência de dor musculoesquelética em pelo menos uma região do corpo nos estudantes de Odontologia, sendo os locais mais afetados: ombros (44,1% a 67,1%), pescoço (7,14% a 77,1%), além das regiões superior (1,79%% a 71,7%) e inferior (3,57% a 81%) das costas. Movimentos repetitivos e hábitos posturais inadequados durante o atendimento configuram-se como fatores associados à DME entre os estudantes. O design não ergonômico de cadeiras odontológicas também surgiu como um fator de influência, posto que manter o suporte adequado da região lombar é crucial para preservar a curva lombar e, consequentemente, a atividade muscular. Ademais, muitos estudantes possuem hábitos posturais inadequados e dificuldade de aplicar a ergonomia na prática clínica. Conclusão: Diante das altas taxas de DME em estudantes de Odontologia, torna-se fundamental a adoção de posturas de trabalho adequadas, a utilização de equipamentos ergonômicos, a realização de pausas e de alongamento entre os atendimentos e a prática regular de exercício físico, visando-se à prevenção da dor musculoesquelética.