Objective: To verify the prevalence of trunk postural deviations (lumbar hyperlordosis, dorsal kyphosis, and scoliosis) in scholars aged eight to 15 years-old from the city schools of Caxias do Sul, Southern Brazil.Method: A total of 864 students were evaluated in a crosssectional study. The variables studied were trunk postural rating by visual inspection; body mass index (weight and height); backpack weight on digital scale and how students used to carry the school supplies (questionnaire); gender; and age. Descriptive and bivariate statistics (prevalence ratio and confidence interval) were applied.Results: The prevalence of postural deviations was 16.6% for dorsal kyphosis, 27.9% for lumbar hyperlordosis, and 33.2% for scoliosis. The ages of eight to 12 years-old were a risk factor for lumbar hyperlordosis, tripling the chances of this outcome (3.41 prevalence ratio). The same age was a protective factor for dorsal kyphosis. Scholars of this age group presented 52% less chances for dorsal kyphosis. The female gender had 47% less chances of having dorsal kyphosis than males. Scoliotic attitude did not show significant association with the independent variables.Conclusions: These findings confirm the need for interventions by health and education professionals, seeking to correct bad postural habits, which could in the future cause irreversible damages.Key-words: school health; adolescent health; spine; posture.
RESUMOObjetivo: Verificar a prevalência de desvios posturais do tronco (hiperlordose lombar, hipercifose dorsal e escoliose) em escolares de oito a 15 anos da rede municipal de ensino de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.Método: Avaliaram-se 864 estudantes, por meio de um estudo transversal. As variáveis estudadas foram análise postural do tronco por inspeção visual; índice de massa corpórea (peso e altura); peso da mochila (balança digital); a forma como os escolares transportavam o material escolar (questionário); sexo e idade. Foi utilizada estatística descritiva e bivariada, representada por razão de prevalência e intervalo de confiança.Resultados: As prevalências de desvios posturais observadas foram de 16,6% para hipercifose dorsal, 27,9% para hiperlordose lombar e 33,2% para atitude escoliótica. A idade de oito a 12 anos apresentou-se como fator de risco para hiperlordose lombar. Os escolares pertencentes a tal faixa etária demonstraram 3,41 vezes mais chance de ter o desfecho em questão. Para a hipercifose dorsal, a mesma idade mostrou-se como fator de proteção. Os estudantes 8-12 anos tiveram 52% menos chances de desenvolver hipercifose dorsal. O sexo feminino apresentou 47% menos chances de ter hipercifose dorsal em relação ao masculino. A atitude escoliótica não apresentou associação significativa com as variáveis independentes.Conclusões: Os achados confirmam a necessidade de intervenções por parte dos profissionais de saúde e educação, buscando corrigir hábitos inadequados de postura corporal, os quais, com o tempo, podem se agravar e causar danos irreversíveis.Palavras-chave...