Introdução: O adequado seguimento para mulheres com exames citopatológicos alterados e importante para o tratamento das lesões precursoras em sua fase inicial. Objetivo: Avaliar se as mulheres atendidas nas Unidades de Atenção Básica com exames citopatológicos alterados foram submetidas adequadamente as condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde. Método: O estudo analisou 12.208 resultados de exames citopatológicos de mulheres atendidas nas Unidades de Atenção Básica à Saúde em Goiânia, no período de 2006 a 2008, através dos prontuários das Unidades de Atenção Básica e Média Complexidade. O programa Epi-info 3.5.1 foi utilizado para análise dos dados. Resultados: Dos 12.208 resultados analisados, 90,74% foram classificados como negativos, 1,88% como insatisfatórios, 4,74% como lesões menos graves, e 2,43% como lesões de média gravidade. Do total de 579 mulheres com exames citopatológicos classificados como células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas/lesão intraepitelial de baixo grau, 41,62% realizaram citopatologia de seguimento, 14,85% e 10,19% realizaram colposcopia e biópsia, respectivamente. Das 297 mulheres com resultados citopatológicos classificados como células escamosas atípicas de significado indeterminado, não se pode excluir lesão de alto grau/lesão intraepitelial de alto grau, 42,76% realizaram citopatologia de seguimento, 35,02% e 28,96% realizaram colposcopia e biópsia, respectivamente. Das 24 mulheres com resultado citopatológico classificado como células glandulares atípicas/adenocarcinoma invasor, 20,83% realizaram citopatologia de seguimento, e 16,67% e 12,50% das mulheres realizaram colposcopia e biópsia, respectivamente. Conclusão: A maioria das mulheres com exames citopatológicos alterados possivelmente não foi submetida às condutas preconizadas conforme as recomendações do Ministério da Saúde.