INTRODUÇÃO: A obesidade é uma das doenças crônicas não transmissíveis que mais avanças no Brasil e no mundo, tanto na infância como na adolescência. Trazendo consigo repercussões fisiológicas e metabólicas (dislipidemias e diabetes melittus tipo 2). OBJETIVO: Avaliar a relação do estado inflamatório subclínico e marcadores de alteração do metabolismo glicídico em adolescentes escolares. METODOLOGIA: Estudo transversal quantitativo, realizado entre setembro de 2012 a junho de 2013. A amostra foi composta por 194 adolescentes entre 15 e 19 anos. O estado inflamatório subclínico foi avaliado através da PCR-us; para diagnóstico da resistência insulínica foi utilizado o HOMA-IR, cálculo do IMC. A análise estatística foi realizada no programa SPSS versão 22.0, descrição com medidas de tendência central, teste qui-quadrado e teste KrusKall -Wallis para comparar a mediana da PCR entre os grupos. RESULTADOS: Dos adolescentes avaliados, 15,4 % tinham excesso de peso e 11,3% alteração relação cintura/estatura. A PCR elevada esteve presente em 9,8% dos adolescentes. O marcador da alteração do metabolismo glicídico mais frequente foi a RI presente em 14,9% da amostra. Não houve prevalência de hiperglicemia, e 5,1% dos adolescentes apresentaram a hemoglobina glicada alterada. Entre os que tinham o PCR elevado, foi observada uma maior prevalência dos biomarcadores de alteração do metabolismo glicídico, com exceção da glicemia de jejum, porém não foi verificada associação entre essas condições. CONCLUSÃO: Estado inflamatório foi prevalente na amostra, evidenciando a fundamental importância na promoção da saúde e a prevenção de doenças já nas fases inicias da vida.
Palavras chave: Adolescentes; Diabetes Melittus; Inflamação; Resistencia à Insulina.