A anemia afeta quase um quarto da população mundial e causa inúmeros danos em vários tecidos, como baixa oxigenação e sinais e sintomas, como falta de ar, falta de apetite, dor de cabeça, tontura e dificuldade de aprendizado. Não há, no entanto, dados sobre anemia em crianças na Região Norte do Brasil, o que é necessário para estabelecer parâmetros confiáveis para restabelecer a saúde desses pacientes. Nosso objetivo foi avaliar os casos de anemia notificados em crianças na Região Norte do Brasil. Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, realizado no período de um ano. As características demográficas foram anotadas e todas as crianças foram cuidadosamente designadas para o estudo. O procedimento de coleta de sangue foi realizado de acordo com o protocolo estabelecido. Um total de 600 pacientes foram incluídos no estudo. A maioria era do sexo feminino (52,5%), parda (51,6%), com renda familiar de um a dois salários-mínimos e ensino fundamental incompleto. A anemia foi mais evidente nas idades de 9 a 12 anos (74,8%) e a proporção de crianças com hematócrito, ferro e ferritina abaixo de 35%, 50 µg/dL e 7 µg/L, respectivamente, foi maior entre as crianças com anemia. Além disso, possuíam inúmeras variáveis de classificação morfológica comparadas ao índice hematimétrico. O estudo mostrou que a anemia afeta crianças. Diante da magnitude dos riscos apresentados neste artigo, medidas preventivas para esta patologia devem ser tomadas para garantir a integridade da saúde destes pacientes, sob pena de danos irreversíveis para as gerações futuras.