No presente trabalho, objetivou-se avaliar a presença de fungos micotoxígenos em amostras de rações destinadas à alimentação de animais de companhia. Para isso, foram avaliadas 20 amostras de estabelecimentos comerciais do município de Seropédica, localizado na região da Baixada Fluminense (Rio de Janeiro). As amostras foram trituradas, homogeneizadas, diluídas e semeadas em diferentes meios de cultivo, onde foram incubadas durante 5-7 dias a 25° C em estufas microbiológicas. Ao final do experimento, todas as amostras apresentaram crescimento fúngico, com contagens variando de 100 UFC/g a 90000 UFC/g. Foi possível identificar a presença de Aspergillus niger, A. ochraceus, A. fumigatus, A. terreus e Penicillium citrinum, espécies com alto potencial toxígeno. Os fungos são organismos que estão presentes em toda parte, sendo, portanto, importantes contaminantes de tecidos, alimentos, bebidas e até mesmo medicamentos. Dentre os alimentos de fácil contaminação, está a ração de animais de estimação, sobretudo a peletizada vendida a granel. A introdução desses microrganismos e seus possíveis metabólitos como as micotoxinas na dieta dos animais pode ocorrer devido à utilização de rações com grãos já contaminados ou devido ao armazenamento sob temperatura e umidade inadequadas. Considerando os efeitos que os fungos e as micotoxinas podem causar à saúde dos animais, estudos que visem avaliar o risco micológico e mico toxicológico das rações destinadas à alimentação de animais de companhia têm grande importância nesse contexto, fazendo parte de um monitoramento contínuo desses tipos de contaminantes nas rações.