O nordeste brasileiro possui elevada importância epidemiológica para Doença de Chagas (DC), uma vez que possui elevada concentração do vetor transmissor. O estado da Bahia apresenta números expressivos da endemia chagásica. Dessa maneira, esse estudo teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico da DC em uma população rural da Bahia. Estudo de caráter quantitativo e descritivo na comunidade rural Rio do Sal, município de Paulo Afonso/Bahia. Foi utilizado aplicação de questionário epidemiológico com 64 pessoas e análise de 108 prontuários, e posteriormente, análise dos dados. A prevalência de DC encontrada foi de 0%. A idade média entre homens e mulheres foi 44 anos, predominando as mulheres na pesquisa (82,81%). As ocupações foram: aposentados (20,32%), desempregados (53,12%), empregados (23,43%) e estudantes (3,13%). Do nível de escolaridade, (9,38%) são analfabetos; (40,63%) possuem ensino fundamental incompleto e (12,50%), ensino fundamental completo. Todos os indivíduos residiam em casa de alvenaria. O conhecimento sobre o vetor transmissor e a doença era insatisfatório. Quanto aos dados dos pacientes analisados em prontuário, (35,19%) tem hipertensão arterial sistêmica (HAS) e (7,41%), insuficiência cardíaca. No entanto, somente 9 pacientes haviam realizado o eletrocardiograma, sendo 1 alterado. Além disso, nenhum dos pacientes possuía sorologias para DC. Nesse contexto, observou-se que o perfil epidemiológico na área estudada é de um indivíduo adulto, com idade entre 40-50 anos, do sexo feminino, com baixa escolaridade, desempregado, com a HAS como principal comorbidade e sem diagnóstico para doença de Chagas.