RESUMOObjetivou-se descrever o perfil de clientes adultos e idosos hospitalizados por agravamento de uma DCNT. Estudo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, realizado nos meses de janeiro e março de 2012 com 60 adultos e idosos nas enfermarias de clínica médica feminina e masculina de um Hospital Universitário, no Estado do Rio de Janeiro. Para a coleta de dados, foram utilizados dois instrumentos: um para as variáveis sociodemográficas e outro para avaliar os hábitos de vida considerados inadequados para as DCNT. Os dados foram organizados em tabelas com distribuição de frequências absolutas e relativas. A maioria dos participantes era do sexo masculino (58,33%). A faixa etária predominante era de 61 a 70 anos (25%). Quanto ao perfil antropométrico e os hábitos de vida considerados inadequados, 66,7% estavam com sobrepeso, 50% eram etilistas, 26,7% tabagistas e 78,3% sedentários. A hospitalização constitui um momento importante para o enfermeiro fornecer informações sobre o controle da doença crônica, pois elas apresentam etiologia multifatorial.Palavras-chave: Hospitalização. Doença Crônica. Enfermagem. Educação em Saúde. Fatores de Risco.
INTRODUÇÃOAs transformações sociais e econômicas das últimas décadas e suas consequentes alterações nos estilos de vida das sociedades contemporâneas, como mudanças dos hábitos alimentares, aumento do sedentarismo e do estresse, e o aumento da expectativa de vida da população, colaboraram para o aumento da incidência das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), tais como: as cardiovasculares, neoplasias, diabetes mellitus, obesidade e respiratórias (1) . As DCNT apresentam início gradual, com duração longa, que, em geral, tem múltiplas causas e cujo tratamento envolve mudanças do estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que, usualmente, não leva à cura. Estas doenças representam as principais causas de morte e incapacidades no mundo, sendo responsáveis por 72% dos óbitos no Brasil (2,3) . Diante disso, as DCNTs representam um problema de saúde pública, acarretando inúmeros custos de natureza social e para as instituições de saúde. Entretanto, existem meios para evitá-las, principalmente por meio de ações de prevenção e promoção da saúde, além do controle dos fatores de risco ou de comportamentos que minimizem as suas complicações por meio de tratamentos e controles adequados.Destarte, alguns fatores de risco para as DCNT, como o excesso de peso, a hipertensão arterial, o tabagismo, a inatividade física, o consumo inadequado de frutas, verduras e legumes, o consumo excessivo de álcool e a hiperglicemia são responsáveis por 45,9% da carga mundial de doenças (4,5) . As DCNT, em sua maioria, quando não tratadas adequadamente, podem se tornar