Estudo transversal de base populacional, realizado em 2014, cujo objetivo foi verificar as associações entre o perfil sociodemográfico, morbidades referidas, indicadores de bem estar e trabalho remunerado, analisando dados do Inquérito de Saúde da Mulher da cidade de Uberaba/MG. As características sociodemográficas foram autorrelatadas. As morbidades referidas foram avaliadas por meio de autorrelato, a partir de uma lista baseada no questionário Índice de Capacidade para o Trabalho e os indicadores de bem estar por meio de algumas questões do Questionário WHOQOL- bref, da Escala de Escala de Rastreamento Populacional de Depressão e do Self-Report Questionnaire. Participaram 1.483 mulheres (533 com e 950 sem trabalho remunerado). Das mulheres que não exerciam trabalho remunerado, 41,9% estava na faixa estaria de 60 anos ou mais, 51,26% em união estável, apresentaram média de escolaridade de 7,76 (±5,23) anos e de renda per capita de 815,98 (±1082,75) reais. A maioria das que exerciam trabalho remunerado (54,6%), estava na faixa etária de 35-59 anos e 303 (56,85%) não estava em união estável, com média de escolaridade de 9,17(±4,90) anos e renda per capita de 788,55 (±766,69) reais. Houve diferenças significativas entre os grupos, indicando mulheres sem união estável e maior escolaridade exercendo trabalho remunerado. As morbidades mais relatadas por todas as mulheres foram as respiratórias, endócrinas/metabólicas e genitourinárias. As que exerciam trabalho remunerado estavam significativamente satisfeitas/muita Satisfeitas com o desempenho das atividades do dia a dia, relataram nada/muito pouco impedimento para realizar atividades devido a dor. Houve maior comprometimento para as donas de casa com relação sentir-se nervosa/tensa/preocupada, cansar com facilidade e apresentar esforço para realizar tarefas habituais.