ResumoO presenteísmo acomete a saúde dos trabalhadores; além de ser um fenômeno relativamente novo, estudos sobre esse tema são escassos. Esse fenômeno vai além de estar presente no ambiente de trabalho sem suas condições plenas de saúde física e mental, é o estar presente por uma cultura que o trabalhador carrega, de experiências internas a externas, principalmente quando se trata dos professores. O objetivo desse estudo foi compreender o presenteísmo de professores de uma Escola Pública de Ensino Médio e Técnico na cidade de São Paulo, um estudo qualitativo com análise de conteúdo de Bardin. Foram entrevistados 20 professores convidados de forma aleatória os quais constituíram a amostra intencional, selecionada entre professores que referiram a situação de presenteísmo. A coleta de dados foi realizada no período de setembro a dezembro de 2019. Questões relacionadas à organização do trabalho e à relação do indivíduo com o trabalho propriamente dito foram, entre outras, as que mais apareceram na pesquisa. Desta forma, surgiram as categorias organização do trabalho, coletivo do trabalho e impactos individuais. Diversos fatores levam ao adoecimento, impactos na saúde e qualidade de vida do professor, tais como: desgaste físico e emocional, dificuldades na recuperação da saúde, sofrimento, queda no rendimento, dificuldade de afastamento, prejuízo a carreira e financeiro. Isso gera impacto na saúde dos professores; o presenteísmo envolve questões pessoais, financeiras e socioculturais, além de fatores da organização que levam o professor a trabalhar sem condições de saúde para cumprir suas funções no trabalho. Palavras-chave: docentes; presenteísmo; saúde do trabalhador.