Este estudo objetivou avaliar a prevalência do uso de psicotrópicos por universitários da área da saúde. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e quantitativo. A pesquisa foi realizada em um Centro Universitário, situado na cidade de Montes Claros, Minas Gerais, com estudantes dos cursos de enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina, odontologia e psicologia. A população do estudo foi constituída de 367 estudantes, sendo a coleta realizada por questionário, no qual cada participante registrava suas próprias informações a respeito do uso de psicotrópicos. As variáveis foram submetidas à estatística descritiva, com determinação das frequências absolutas e relativas. Foi evidenciado que 42,2% dos universitários utilizaram, pelo menos uma vez na vida, alguma substância psicoativa, dos quais observou-se uma maior prevalência do consumo de álcool (50,4%), medicamentos tarja preta (18,5%) e tabaco (6%), nos últimos 30 dias. O estudo ainda revelou o uso mais frequente de álcool entre as mulheres, enquanto os homens tendem a consumir outras drogas com maior frequência, como tabaco, medicamentos tarja preta e drogas ilícitas. O uso de psicotrópicos, foi justificado pelos estudantes, como forma de redução do estresse e para diversão com os amigos. A universidade desempenha um papel crucial nesse contexto, sendo fundamental que adote estratégias mais eficazes para informar, prevenir e oferecer suporte aos estudantes, minimizando os riscos associados ao consumo de substâncias psicoativas.