A anemia representa um problema de saúde pública para a população idosa, pois atua negativamente, sobretudo no contexto de hospitalização. Sua prevalência não está clara na literatura em virtude de resultados discrepantes. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência de anemia em idosos internados em enfermarias de clínica médica de um hospital universitário brasileiro, assim como determinar a classificação morfológica da anemia e sua distribuição de acordo com a faixa de idade e o sexo. Realizou-se um estudo observacional e transversal envolvendo amostra de cem pacientes com 60 anos ou mais, que se encontravam internados no período. O padrão de referência para diagnóstico de anemia foi o nível de hemoglobina (Hb) abaixo de 12 g/dL para mulheres e 13 g/dL para homens. Anemia leve foi considerada entre esses valores e 10 g/dL. A classificação morfológica da anemia foi feita por meio do volume corpuscular médio, da concentração de hemoglobina corpuscular média e do índice de anisocitose eritrocitária. A média de idade foi 70,7 (±7,2) anos, e 54% da amostra era do sexo masculino. A prevalência de anemia foi de 84%, entre ambos os sexos, normocítica e normocrômica em 63% dos casos, 41,6% leve e 27,4% com anisocitose. Não houve diferença na prevalência de anemia quanto à idade e ao sexo. Conclui-se que a prevalência de anemia em idosos internados em enfermarias clínicas gerais foi elevada, sendo mais frequente a anemia leve e normocítica.