Pesquisas indicam que as novas configurações do trabalho docente nas universidades públicas brasileiras têm sido caracterizadas por um importante quadro de precarização do trabalho, com intensificação da jornada diária, flexibilização das relações trabalhistas, sobrecarga de trabalho, escassez de financiamento, excesso de controle institucional e sucateamento da infraestrutura. Tal quadro vem gerando impactos negativos não apenas na rotina de trabalho, mas também na saúde mental dos docentes. Dentre tais impactos, destacam-se as elevadas taxas de prevalência de Síndrome de Burnout e de Transtornos Mentais Comuns encontradas em pesquisas epidemiológicas envolvendo tais profissionais. Nesse cenário, esta revisão visa analisar a atividade docente, em seus elementos constitutivos, desempenhada nas universidades públicas brasileiras e relacioná-la ao adoecimento mental, especialmente à Síndrome de Burnout e aos Transtornos Mentais Comuns.