O útero materno permite ao feto repouso e sono profundo, sendo que imerso nesta estrutura, o feto já registra algumas experiências, as quais permitem que tenham lembranças deste período após o nascimento. O objetivo do estudo foi descrever o comportamento do recém-nascido, internado Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), quando exposto ao som uterino. Trata-se de um estudo quase-experimental, com 7 Recém-Nascidos (RNs) de 29 a 38 semanas, internados nesta unidade, no período de setembro a outubro de 2019. Os participantes foram expostos ao som uterino por 15 minutos ininterruptos dentro da incubadora, com Leq abaixo de 60,0 dBA. Como elementos do estudo foram avaliadas a Frequência Respiratória, Frequência Cardíaca, Saturação de Oxigênio. Também foi utilizado a escala da dor no recém-nascido e no lactente - Neonatal Infant Pain Scale (NIPS), além da avaliação dos estados de sono e vigília adaptada de Brazelton, antes e após a exposição do som uterino. Resultados: Identificou-se que após a exposição ao som uterino os RNs apresentaram redução da Frequência Respiratória (FR) e Frequência Cardíaca (FC). A escala da dor apresentou significância estatística p<0,05 e a avaliação dos estados de sono e vigília apresentou significância estatística de p<0,01 a p<0,05 após a exposição do som uterino. Conclusão: a exposição do som uterino mostrou eficácia para mitigar o controle da dor e melhorou os períodos da vigília e do sono dos RNs.