Introdução: A relação entre diabetes e infecções, embora inconclusiva, sugere uma maior incidência e complicações, tornando o diabetes um fator de risco para a aquisição de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Objetivo: Verificar o perfil epidemiológico de pacientes diabéticos que foram diagnosticados com infecção na admissão ou se infectaram pós admissão, além de identificar as principais bactérias causadoras de infecção nesse grupo, analisando seus perfis de sensibilidade aos diferentes antibióticos. Metodologia: Estudo transversal observacional retrospectivo realizado em pacientes diabéticos internados na UTI de um hospital escola em Cascavel - PR, entre 2015 e 2022. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (50,40%), com média de idade de 44,55 anos, predominavam casados, brancos, católicos, com ensino médio completo e acesso ao plano de saúde. Os pacientes apresentaram alta prevalência de polifarmácia (56,5%) e comorbidades como depressão e hipertensão arterial. As bactérias mais prevalentes foram Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa, sendo observada resistência farmacológica, especialmente por Pseudomonas aeruginosa. Conclusão: Observamos alta incidência de polifarmácia e a presença de comorbidades como depressão e hipertensão arterial nos pacientes analisados. No que diz respeito aos resultados microbiológicos, Escherichia coli foi o microrganismo mais comum, com uma média de resistência aos antimicrobianos testados de 42,62%.