O objetivo deste artigo é discutir o consumo de álcool e outras drogas e o papel das habilidades sociais como processo educativo. O consumo abusivo das substâncias psicoativas tem sido uma preocupação social, sobretudo na adolescência, pois esta fase se caracteriza como uma etapa de transição para a vida adulta, também marcada por vulnerabilidades. No intuito de contribuir para com as ações educativas, as habilidades sociais têm se destacado como uma vertente distinta das intervenções moralistas, as quais enfatizam as substâncias e a abstinência. As habilidades sociais possibilitam que as pessoas envolvidas sejam o centro do processo educativo e a utilização de metodologias interativas. O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa com busca de artigos entre 2019 e 2021 no portal de periódicos da Capes, e nas bases de dados Scielo, BVS Salud, Proquest e Psycinfo. Os resultados foram organizados em duas categorias que discutem estudos desenvolvidos com adolescentes escolares e problematiza as habilidades sociais e sua relação com o uso/abuso (ou não) de álcool e outras drogas. As pesquisas apontam resultados divergentes, não sendo possível afirmar se há ou não implicação direta. Mesmo diante de contrapontos científicos, as habilidades sociais têm se destacado como uma das possibilidades efetivas para se desenvolver a educação sobre drogas com o público adolescente, colaborando para uma formação pautada pela autonomia e a promoção da saúde dos participantes.