Introdução: A sepse é uma resposta orgânica instável do indivíduo frente à uma infecção ocasionada por patógenos como vírus, fungos, bactérias e protozoários, sendo uma importante causa de morte em unidades de terapia intensiva, não cardiológicas, o seu diagnóstico precoce é de fundamental importância no desfecho clínico desses pacientes. Desse modo, como objetivo geral, foi proposto iidentificar e descrever os benefícios da informatização do protocolo de sepse e como objetivos específicos propes-se destacar as principais dificuldades de adesão ao protocolo de sepse institucional; identificar e descrever os benefícios da informatização do protocolo de sepse; analisar os índices de adesão ao protocolo de sepse institucional antes e após a sua informatização; entender como a informatização do protocolo de sepse institucional interfere no desfecho clínico de pacientes sépticos ou em choque séptico; apontar os possíveis impasses e melhorias a serem elaboradas para influenciar a adesão ao protocolo de sepse informatizado. Metodologia: O estudo foi de caráter transversal, quantitativo e de natureza descritiva. A pesquisa foi realizada no Hospital São Marcos- Associação Piauiense de Combate ao Câncer, por meio de uma análise comparativa dos dados no período de 2016 a 2022. Por meio de uma revisão das informações institucionais coletadas e interpretadas pela gerencia do protocolo em questão, foi possível compreender e visualizar os impactos da informatização na assistência à pacientes em sepse ou em choque séptico. Resultados e Discussão: Observa-se um aumento da taxa de adesão ao pacote de primeira hora, de 2018 à 2021. Contudo, pode-se notar que a taxa de adesão a hemocultura não obteve muita adesão durante a pandemia COVID-19, havendo, portanto, uma redução de 66% para 41% (de 2019 para 2020), o que refletiu na redução da administração de antimicrobianos específicos, de 61% em 2018 para 56 % em 2019 para 33% em 2020, voltando aos níveis de normalidade em 2022, com 75%, além disso, no que tange a expansão volêmica, um crescimento gradativo de 2018 a 2020 (38%-76%-100%). No caso da aderência a administração da droga vasopressora, de 2021 para 2022, houve um aumento significativo dessa aderência, sendo de 81% para 100%. Antes da informatização, por volta de 2016 a 2017, a taxa de letalidade era maior do que no ano de 2018 – redução de 38% para 27% em 2018, ano de implantação do sistema de informatização. Entretanto, de 2019 a 2021, houve um aumento notório, cerca de 57,57% (33% para 52%), o que deve ser explicado pela pandemia do COVID-19, na qual os esforços estavam voltados para os pacientes com o vírus Sars-Cov2, o que prejudicou significativamente a implantação do protocolo de informatização. Conclusão: O protocolo de informatização da sepse e/ou choque séptico reduziu significativamente o índice de letatilidade, sobretudo no ano de 2022. Contudo, nos anos anteriores, percebe-se que o programa de informatização não obteve êxito no seu objetivo, que pode ser explicado pela pandemia COVID-19. Nesse contexto, o protocolo de informatização contribui para que sejam levantados dados acerca da conduta nos casos de sepse, para que a gestão do hospital possa realizar treinamentos com a equipe, a fim de melhorar os desfechos nesses casos.