Prisons des villes et des campagnes

Combessie, Philippe

doi:10.1522/030164447

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“…Se as implicações políticas do paradigma clássico não são tão evidentes, podendo e devendo ser amplamente questionadas e debatidas; de um modo mais claro e em diversos registros, tal paradigma manifesta sua insuficiência frente o próprio desenvolvimento histórico dos sistemas punitivos. Reformas administrativas (BARAK-GLANTZ, 1981) e legais (SIMON, 2001), processos de abertura institucional à sociedade civil e à iniciativa privada (MARCHETTI, 1996;COMBESSIE, 1996), assim como o aumento e a diversificação de medidas punitivas em meio aberto (FARRINGTON, 1992) repercutem, de um modo determinante, nos contornos do sistema punitivo e em suas dinâmicas internas. Ao analisar as transformações nos aparatos de controle e punição no decorrer da década de 1970, Cohen (1979) já chamava a atenção para os desafios analíticos impostos pela proliferação de controles comunitários e penas alternativas.…”

Section: Um Depósito De Gente?unclassified

“…Do mesmo modo, num momento em que se multiplicam as formas de controle e punição em meio aberto, que ao invés de substituírem a prisão, acabam por capilarizar, diluir e estender sua área de influência num extenso continuum punitivo, abarcando amplos territórios (COHEN, 1979), recobra interesse o estudo dos pontos de conexãoonde o que permanece fechado alcança o que fica em aberto. Ademais, essas mesmas formas de conexão se mostram estruturantes das dinâmicas que regem o funcionamento do ambiente interno (COMBESSIE, 1996), bem como da própria experiência do encarceramento (CHANTRAINE, 2004a). Entender esse jogo de influências recíprocas exige algum conhecimento sobre as mediações concretas que as tornam possíveis.…”

Section: Unidade Penitenciáriaunclassified

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Fluxos em cadeia: as prisões em São Paulo na virada dos tempos

Godoi¹

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Agradeço à professora Vera da Silva Telles, pela orientação paciente e estimulante. Agradeço ao CNPq pelo financiamento dos primeiros meses desta pesquisa e à FAPESP pelo suporte em mais de três anos de trabalhotambém a seu parecerista anônimo. Agradeço a Fernando Salla, não só pelas contribuições no exame de qualificação, mas por vir me mostrando, desde o mestrado, como é possível compor rigor e abertura intelectualo subtítulo deste trabalho lhe é uma homenagem direta. Agradeço a Vera Malaguti Batista pelas frutíferas sugestões no exame de qualificação e, principalmente, por inspirar-me num engajamento crítico que não faz concessões. Agradeço ao professor Sérgio Miceli, pelas críticas ao projeto, e ao professor Sérgio Adorno, pelas lições nas várias disciplinas suas que curseina graduação, no mestrado e no doutorado. Do PPGS, agradeço também a Gustavo. Pela crítica aguda e pelas sugestões mais que pertinentes feitas, em diversas ocasiões, a protótipos de diferentes capítulos que compõem esta tese, agradeço aos professores Luiz Lourenço, Angelina Peralva, Antônio Rafael Barbosa e Adriana Vianna. Por acolherem-me como monitor em suas disciplinas de graduação e pela interlocução franca, agradeço aos professores Marcos César Alvarez e Laurindo Dias Minhoto. Pelo convite, pela recepção e pelo diálogo no decorrer de um breve, mas intenso estágio no Departamento de Humanidades da Universidad Pompeu Fabra (UPF), em Barcelona, agradeço ao professor Alexandre Coello e a todos os integrantes do Grupo de Investigación en Imperios, Metrópolis y Sociedades Extraeuropeas (GRIMSE). Pelas possibilidades de interlocução, agradeço aos professores

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Section: Um Depósito De Gente?unclassified

Section: Unidade Penitenciáriaunclassified

Fluxos em cadeia: as prisões em São Paulo na virada dos tempos

Godoi¹

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“…Rothman, 2008). Recentemente, uma maior abertura se converte em questão candente, tornando-se objeto de políticas deliberadas em diferentes contextos (Barak-Glantz, 1981;Combessie, 1996) e conjunturas (Coelho, 2005;Lemgruber e Paiva, 2010).…”

Section: Pesquisar a Prisãounclassified

Epistemopolíticas do dispositivo carcerário paulista: refletindo sobre experiências de pesquisa-intervenção junto à Pastoral Carcerária

Godoi

Campos

Mallart

et al. 2020

Rev. Est. Empíricos em Direito

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O artigo tem por objetivo refletir sobre as potencialidades críticas e heurísticas da pesquisa sociológica sobre o dispositivo carcerário paulista, levada a cabo através do engajamento dos pesquisadores em coletivos e atividades da Pastoral Carcerária. As dimensões astronômicas do sistema carcerário paulista; sua notável centralidade nos mecanismos de gestão do conflito que garantem a (re)produção da cidade contemporânea; bem como as várias dificuldades impostas pela administração penitenciária local ao escrutínio público do ambiente carcerário em geral, e à prática da pesquisa científica em particular, são as principais justificativas para esta reflexão. No decorrer do texto, os sentidos práticos e analíticos da atuação de diferentes pesquisadores/agentes pastorais são expostos e discutidos através de uma metáfora geológica, indagando sobre as características e limites da atuação e do conhecimento que se desdobram nos subterrâneos, na superfície e no cume do sistema carcerário.

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“…8). 8 France has a recent but rich and active tradition of field research on jails and prisons: see, in particular, Combessie (1996); Welzer-Lang, Mathieu and Faure (1996); Marchetti (1997); Rostaing (1997); Faugeron, Chauvenat and Combessie The Howard Journal Vol 51 No 1. February 2012 ISSN 0265-5527, pp.…”

Section: Notesmentioning

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‘The Prison is an Outlaw Institution’

Wacquant

2011

Howard J Crim Justice

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This discussion of Les Prisons de la misère (Raisons d'agir Editions, Paris, 1999 -expanded and updated English-language edition, Prisons of Poverty, Minneapolis, University of Minnesota Press, 2009) responds to queries put forth by the editors of R de réel and originally published in French in that journal in June 2000 (vol. 3, pp.33-8). It argues that the carceral boom in the United States results from the penalisation of poverty correlative of the simultaneous revamping of the economic, welfare and justice missions of the state. Pro-market think tanks have played a driving role in fashioning and diffusing America's 'punitive common sense' across the Atlantic, thus accelerating the import of aggressive crime rhetorics and policies in Western Europe by political elites (including Left governments) seduced by neoliberal ideology. But, while the prison purports to enforce the law and to curtail the disorders generated by economic deregulation, the recent French experience confirms that its very organisation and daily operation make it an outlaw institution. It is promoted as a remedy for criminal insecurity and urban marginality, but it only serves to concentrate and intensify both, even as it makes them temporarily invisible. To get out of the policy and civic impasse into which the penalisation of poverty leads contemporary societies, we must raise anew the quintessentially political question of the purpose(lessness) of incarceration at century's dawn. In Prisons of Poverty (Wacquant 2009a), you argue that there is a close link between the rise of neoliberalism and the bolstering of law-and-order policies, first in the United States and later in Europe. You encapsulate this development in a succinct formula: 'Withering away of the economic state, diminution and denigration of the social state, expansion and glorificaton of the penal state' (p.8). Can you unpack that expression?The intent of this formula is to stress that we cannot understand policing and prison policies in advanced societies today unless we place them in the framework of a broader transformation of the state, a transformation that is itself linked to a makeover of wage work and a shift in the balance of power between the classes and assorted groups struggling over its control. In this struggle, transnational corporations and the 'modernising' fractions of the bourgeoisie and state nobility have formed an alliance under the banner of

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Prisons des villes et des campagnes

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Fluxos em cadeia: as prisões em São Paulo na virada dos tempos

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