Introdução: A cultura de segurança do paciente é concebida como o reflexo da interação de comportamentos, valores e competências que determinam o engajamento com o gerenciamento da saúde e da segurança, substituindo a cultura punitiva pela oportunidade de aprendizado coletivo, o aprender com os erros. A segurança do paciente é uma temática amplamente estudada na atualidade. Apesar do crescente interesse no assunto, ainda é perceptível a falta de sensibilização para o problema na Atenção Primária à Saúde, por isso há necessidade de trabalhar essa temática nesse nível de assistência, a fim de diminuir os danos e eventos adversos causados pela assistência à saúde. Objetivo: analisar a cultura de segurança do paciente no contexto de um ambulatório de saúde. Materiais e Métodos: Estudo transversal, quantitativo e descritivo realizado em um ambulatório, classificado formalmente como uma Unidade Básica de Saúde e vinculado a uma universidade federal, situado na Zona da Mata, Minas Gerais, Brasil. Dados colhidos pela intervenção do questionário MOSPSC, com 56 profissionais, analisados por estatística descritiva, percentuais maiores ou igual a 75% de respostas positivas são avaliadas, como forte; menores ou iguais a 50% fracas, e entre 50% menores que 75%, neutras. Resultados: Duas das dimensões foram fortes: troca de informações com outras instituições/serviços e segurança do paciente e problemas de qualidade do cuidado. Três das dimensões avaliadas como fracas: Comunicação sobre o erro, Comunicação aberta e Acompanhamento da assistência ao paciente; e sete dimensões analisadas como neutras. Conclusões: Sob a perspectiva da equipe multiprofissional atuantes em um ambulatório de saúde, há uma Cultura de Segurança estabelecida de forma neutra. Sugere-se que seja instituído uma unidade do Núcleo de segurança do paciente no serviço.